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A origem do Pastor de Shetland, também conhecido pelo apelido de "sheltie" é tão antiga quanto própria historia das ilhas shetland.

Shetland, nome original /ˈʃɛtlənd/, posteriormente escrito como Ȝetland no dialeto da Escócia Central, é um arquipelogo escocês situado abaixo do Polo Artico, entre o Reino Unido e a Noruega.
Povoada desde 3400 AC os primeiros habitantes eram chamados de Picts, do latim Picti, que significa pessoa de cor, que faziam parte da antiga confederação Celta que habitou a Caledônia, terras ao norte da Britânia onde hoje é a Escócia.
No século IX as ilhas foram invadidas pelos povos Viking da Escandinávia permanecendo  como província da Noruega até sec. 14, quando passou para o domínio da Escócia. Após o declínio dos vikings a ilhas passaram comercializar seus produtos com a liga Hanseática, formada pelos povos alemães até 1707, quando forma proibidos por uma lei escocesa.
Esta herança reflete até mesmo na bandeira de Shetland composta pela Cruz Nórdica em branco no fundo azul, as cores da Escócia. Até mesmo seu Brasão tem um Barco Viking, segurado pelos pequenos pôneis shetland.
 

Devido a sua localização entre a zona de transição corrente climáticas é sempre  muito úmido com chuva mais de 250dias ao ano e muito nevoeiro. O sol também tem pouca incidência nos inverno e o período sem neve chega a ser menor do que três mesês. Tudo isto aliado ao solo rochoso faz com que a vegetação seja pouca e rasteira.

Esta miscelânea de povos e clima difícil fizeram com que os moradores buscassem pequenos animais para prover sua subsistência, assim nasceu o gado, o ganso e a ovelha shetland, de menor tamanho e que conseguiam se manter com pouco alimento, e o porco shetland, conhecido como Grice, hoje já extinto.

Para o trabalho surgiram pastor e o pônei shetland, menor do mundo e com mais pelagem para suportar o frio, os pequenos cavalos não são meros atrativos, mas animais de trabalho destinados as necessidades da região.

Neste ambiente surge o nosso Pastor de Shetland, primeiramente vindo dos antigos cães de pastoreio escoceses, o mesmo que deu origem ao border collie, do qual herdou a agilidade e boas angulações e alguns traços. Devido ao contado com povos nórdicos recebeu influencia dos cães de pastoreio nórdico, chamados Yakki, e dos Spitz da Islandia(Icelandic Spitz), mais provavel origem da cor preto e branca(bi-black). Alguns historidores ainda citam a influencia do Spitz alemão, durante a época de comercio com a Liga Hanseatica, e do King Charles Spaniel, com intenção de criar um temperamento voltado para companhia, mas de onde recbeu as indesejáveis orelhas pendentes com inserção baixa.

Estes cães eram animais rústicos sem qualquer preocupação com beleza, mas que realizavam bem suas tarefas. Desde de 1909 já eram chamados de collie dogs diferente do que se imagina este nome era dado aos cães de pastoreio devido às ovelhas de cara preta chamadas collies ou colleys, e não diretamente do cruzamento com a raça Rough Collie, que é conhecida assim até hoje.
Os shelties do incio dos anos 1900 não tinha a pelagem longa, alem disto tinham cabeças groseiras("had coarse heads"), orelhas baixas(low ears), olhos grandes(larger eyes), e não eram nem um pouco refinados como os collies de hoje.

       1880-1890                                                                            dog lassie at Badavanich                           woman w/dog 1900
Os criadores da época desejaram que os shelties tivessem a aparência do collie e incluíram da decrição do padrão e consequentemente fizeram cruzamentos das raças. Muitos dos cruzamentos com collies não eram declarados, alguns casos somente se tem registros de pedigrees mencionando collie, apesar do fatos ser conhecido entre os criadores.

              shetland collie dog                                         First Prize winning dog at the Tingwall Agricultural Show.-1937


O American Kennel club em 1927 impediu o registro de sheltie importados da Inglaterra por existir a menção do nome collie nos registros, mas é de conhecimento dos criadores que muitos Pastores de Shetland continuaram a ser trazidos da Inglaterra e acasalados com collies até os anos 30.
Existe menção da raça desde 1844 pelos visitantes das ilhas, mas seu primeiro registro foi feito em 1908 em Lerwick, capital das Ilhas Shetland. Em 1909 foi reconhecido pelo  Scottish Shetland Sheepdog Club como “Shetland Collie”, e em março de 1909 reconhecido pela The Kennel Club da Inglaterra, tendo seu nome oficial alterado para pastor de Shetland, devido a pressão dos criadores de collies.
Nos EUA a raça teve seu primeiro registro em 1911, tendo poucos registros após isto, quando em 1924 foi fundado o canil SheltieLand da da Sra. Catherine Cooleman Moore, uma das principais historiadoras da raça, pioneira na criação de shelties nos EUA e fundadora do “The American Shetland Sheepdog Association”(ASSA) em 1929.
Varias descrições foram feitas da raça desde de 1908 pelo The Shetland Sheepdog Club, 1909 pelo Scottish Shetland Sheepdog Club, e 1014, pelo The English Shetland Sheepdog Club(ESSC), até a compilação destes registros que deu origem ao primeiro padrão escrito em 1916, pelo ESSC.
Desde o inicio existiram diversas confusões devido aos cruzamentos de Collies com o raça original das Ilhas shetland, que mudou para sempre a aparência da raça.

Em 1920, o ESSC inseriu em seu padrão que o “Shetland Sheepdog deve se assemelhar a um collie (bruto) em miniatura”(should resemble a collie (rough) in miniature)
Os americanos reconheceram desde o inicio a influência dos Collies na raça, adotando em seu primeiro padrão de 1929 de que “A aparência geral ... é a do Collie ideal em miniatura(The general appearence ...is that of the ideal Collie in miniature).
Aparentemente os padrões parecem ser muito próximos, mas a ideologia de que um deveria somente se assemelhar e outro ser como um collie menor, fez com que os cães da America se desenvolvessem se forma diferente, enquanto os shelties ganhavam peso, mais pelagem e cabeças alongadas na America, os cães europeus mantiveram características dos shetland collies, mantendo tamanhos menores, pelagem moderada lembrando um collie, mas principalmente cabeças menores e menos afiladas, tidas no padrão comentado para EUA como padrão antigo(old type).
Os primeiro cães de shetland eram muito pequenos entre 8-10 polegadas(20-25cm), produto de mistura de varias raças trazidas com colonos da Scandinávia, que foram cruzados com os pequenos cães de pastoreio escoceses, e outras raças que vinham trazidas pelas rotas de comércio.
Mas os Shetlands também foram crescendo com o tempo, lógico que todo cão cresce desde de filhote, contudo, desde o primeiro padrão inglês onde foi adotada a altura de 12 polegadas(30,5cm), já em 1920 passou a ter entre 12 a 15 polegadas, com altura ideal em 13 ½ polegadas. Em 1965 o Shetland deveria ter o tamanho ideal de 14 ½ polegadas(machos) e 14(fêmeas) podendo variar 01polegada a mais ou a menos, esta medida foi convertida para centímetros em 1986, e teve pouca alteração em 2009 permanecendo em 37cm(machos) e 36cm(fêmeas) com variação de 2,5cm a mais ou menos, assim devem ter  entre 34,5 a 39,5 machos e 33,5 a 38,5femeas.

              

           
Seria impossível citar todos, mas um dos shelties mais relavantes para raça foi sem duvida “Ch Halstors Peter Pumpkin ROM”, nascido em 1965, foi pai de nada menos que 160 campeões americanos, marca recorde até hoje, pertencia a Tom Coen e Steve Barger do canil Macdega, que também foram donos do “Ch Chenterra Thunderation ROM”, nascido em 1973, teve 24 filhos campeões, além de obter a marca histórica de 220 melhores da raça, tendo permanecido durante 15anos como o maior vencedor da historia. A dupla separou-se após alguns tempo, mas o nome Macdega continua com o Sr. Coen e sua esposa Nioma, enquanto Sr. Barger permanece produzindo bons shelties com seu  Canil Mainstay. Alguns artigos mencionam os anos 70 como a era “Peter”, onde um sheltie dominou completamente a cena com seus inúmeros filhos campeões. A qualidade dos shelties era medida em quantas vezes “Peter” aparecia em seus pedigrees. A influência era tanta que até mesmo seu pai “Fair Play Of Sea Isle ROM”, que sequer era campeão foi um grande reprodutor e seu meio irmão “Am Ch Romayne's Sportin' Life ROM ROMC (Lance)”, pai de 56 campeões americanos e 17 canadenses, uma hegemonia que até hoje fazem parte de todos pedigrees de shelties.

                                    
  

Outro criador de grande reputação surgiu nesta época é a Sra. Jean D. Simmonds, proprietária do Canil Carmylie, começou a criar shelties muito cedo, já na década de 60 possuia bons cães e que hoje conta com mais de 50 shelties campeões americanos, fora os camepões canadenses,europeus e brasileiros. Proprietária da avó paterna de “Peter”, “Am Ch Kawartha's Fair Game ROM”, nascida em 1958, e de um dos mais belos filhos do Peter Pumpkin, “BISS Am/Can Ch. Carmylie Elusive Dream” - Tiger, ganhador do Best of Winners da ASSA em 1991; e da primeira fêmea preto e branco(Bi-black) a se tornar campeã americana “Ch. Carmylie As If Bi Chance”.  Mas seu maior mérito não se deu nas pistas, mas pela sua dedicação e conhecimento da raça com a publicação do padrão comentado do sheltie do AKC. Sua habilidade como desenhista, tendo retratado vários shelties desde a década de 60, e sabedoria sobre os shelties forneceu aos entusiastas da raça um livro completo sobre como deve ser um sheltie, The Sheltie Guide, e ao mesmo tempo simples, traduzindo em desenhos didáticos os detalhes do padrão. Poucas raças contam com um material tão apurado e bem feito. Jean produziu não somente bons shelties criados dentro de um padrão apurado, mas também um guia para as gerações que iniciaram a criação e as futuras que virão.
Muitos criadores iniciaram sua criação com seus cães sendo que publicaram um livro em sua homenagem em 2009 com os seus primeiros 50 campeões americanos, além de comentário e elogios destes criadores, bem como de outros grande criadores da atualidade. Poucas pessoas foram reconhecidas assim e com tanta enfase.

     Carmylie As If Bi Chance                                     Carmylie Elusive Dream                                                Kawartha's Fair Game 

                Outro  exponente da época foi o canil Banchory, da Sra. Donna Harden e seu marido Clare Harden. Possuidora de um habilidade natural para escolher acasalamentos de seus shelties, foi proprietária de grandes nomes da época, inclusive o segundo maior reprodutor da historia “A/C Ch Banchory High Born ROM”, com seus 82 filhos campeões. A descoberta de irregularidades nos registros de seus cães levou a criadora e o marido a serem suspensos indefinidamente da AKC,  A criadora chegou a vencer a Exposição Nacional da ASSA em 1982 com o “Ch Banchory Formal Notice ROM/ROMC”, mas depois teve o titulo cancelado pela AKC. Apesar do infortúnio o nome Banchory influênciou toda uma geração de criadores, que iniciaram seus canis a partir de shelties Banchory. Até o final da sua criação Donna Harden reuniu nada menos que 11 machos e 2 femeas com títulos ROM(Register of Merith, título dado a machos com mais de 10 filhos campeões e fêmeas com mais de 5 nos EUA),  e somente estes cães já chegam a somar a quantia de mais de 318 shelties Campeões Americanos criados pelo Canil.
Muitos destes shelties continuaram em reprodução após o fim do canil Banchory nas mãos de outros criadores e hoje encontramos seus nomes nos ascendentes das melhores linhagens. Pode se afirmar que atualmente praticamente não exista um sheltie americano ou canadense que não tenha consanguineidade com os antigos Banchory.

Banchory High Born                                  Banchory Deep Purple     Banchory Formal Notice                  Banchory Reflection


A raça chegou a America latina pela Argentina e Uruguai iniciamente, só depois veio ser criada no Brasil em meados dos anos 60 com alguns cães, mas que não deixaram descendetes. Após isto, no estado do Rio Grande do Sul com sua tradição de pastoreio chegaram a surgir criação a partir de cães vindos do Uruguai e Argentina, mas novamente sem dar continuidade.
Somente em meados dos anos 70, começam a ser criados em São Paulo a principio com a Sra. Virginia Ristori, proprietária do Canil Avis, A origem exata de seus cães se perdeu, mas sabe-se que eram oriundos de cães Argentinos, como “Adonis of Pauli Guille”, filho do americano Stonewall Black Gold,  e vindo diretamente para Brazil a fêmea,  Stonewall Brigette, ambos pertencendo a linhagem Banchory.
Na mesma época o criador de collies, Sr. Antonio Dalle Piagge(Toninho), se interessou pela raça criado sob o prefixo “Pauliceia”, seu primeiro macho importado foi Stonewall Am I Blue,  nascido em 1967, um neto do famoso  “BISS Am Ch Cherden Sock It To 'Em CD ROM ROMC (Pow)”,um dos principais padreadores do canil Banchory, foi adquirido inicialmente pelo criador Argentino,  Carlo Sanmartino de quem também trouxe a fêmea filha deste macho a “Arg Ch Easy De La Alborada”.
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Toninho ainda importou diretamente do EUA em 78, o macho Banchory the Crusader, filho de Peter, do qual não se tem registro de descentes. Mas a aquisição mais significativa foi com um neto de “Peter”, “Br. Ch. Glen Hill Royalty, produziu o machos “Pauliceia Fair Play” e “Love Da Ingrid De Avis”, dois padreadores significativos da época e que permanecem na origem de nossos shelties até hoje. Apesar da paixão pelos collies, o criador sempre foi um grande entusiasta para a introdução e melhoria da raça no Brasil tendo importado de Stephen Barger, em 1987 a fêmea, “Br Ch Mainstay Make My Day (Menina)”; em 1998 o macho “Mercury's Make Believe” e a fêmea “Mercury's Make it Mine”; e tambem o macho “Cameo Farms The Locksmith”. Atualmente, continua criando Shelties e Collies, alem de ser Juiz Cinófilo para todas as raças.

                                                                              

A introdução da linhagem Carmylie veio contribuir com a qualidade dos shelties nacionais, tendo um dos filhos do “Spencer”, “BISS Br.Ch. Chelsea Sheltie Kyle” ser o ganhador da 1ª Exposição Especializada da raça, realizada em outubro  de 1999. Posteriormente, “BIS Br.Ch. Chelsea Sheltie Xangai”, filha da “Chatam”, foi o primeiro sheltie de criação nacional a ganhar uma Exposição em novembro de 2004.

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                        No inicio dos anos 80,em São Paulo,  Vania Telles importou para o Brasil a fêmea “Gayland's Kay Starr (Katie)”, filha do “Macdega Piano Man” e neta de “BIS Am Ch Chenterra Thunderation ROM ROMC 2CC (Thunder), chegou a produzir bons frutos com Pauliceia Fair Play. A criadora ainda importou outra fêmea, a irmã “Gayland's Jazz Singer”, antes de interromper sua criação que foi retomada somente no ano 2000 com a importação de shelties Carmylie e posteriomente Macdega.
Outro importante contribuição veio do Canil Chelsea de Curitiba. Inicialmente criadores de Collie, Hilda e Eduardo Scherrer, adquiriram no inicio dos 90 “Roy Da Ninon De Avis (Scott)”, filho de “Love Da Ingrid De Avis” e neto de”Pauliceia Fair Play”, sua descendência é digna dos melhores shelties americanos, um in-breending feito com base em “Peter Pumpkin” que aparece 7x em seu pedigree. O que era para ser uma companhia para os collies, logo se transformou em sinônimo de vitórias, tendo Scott conquistado todos os títulos no Brasil.

 

                                                                                       

Outros criadores surgiram neste período, mas não chegaram a se fixar. Contudo a raça já estava consolidada no país, e outros vieram depois dos primeiros, alguns começando com shelties destes criadores, outros com importações próprias. O importante é que os primeiros passos que se consolidaram foram feitos com bases em bons cães e criadores dedicados a evolução da raça.

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Bibliografia


Sheltie Talk.  Betty Jo McKinney and Barbara Hagen Rieseberg. Apine Publications. Colorado. 1985

 

The Shetland Sheepdog in America.  Revised Edition. Charlotte Clem McGowan. Ed. Best Friends. Colorado. 1999


They Helped to Make the Breed- The Collie Crosses.  Catherine Coleman Moore, Mary Van WAgenen and Barbara A. Curry. Publicado no Handbook 1995 da.American Shetland Sheepdog Association. ASSA. 1995


They Helped to Make the Breed- The Founding Fathers.  Catherine Coleman Moore, Mary Van WAgenen and Barbara A. Curry. Publicado no Handbook 1996 da.American Shetland Sheepdog Association. ASSA.1996


The New Sheltie Special. Irene Brody. Dove Publishing. San Francisco. 1979


Sheltie Conference 2000 By Tom Coen. Disponivel em  http://www.assa.org/articles.html#conference


Panel discussion on ideal type.  Vários Autores. Disponivel em  http://www.assa.org/ideal.pdf


Pastor de Shetland no Brasil. Eduardo Scherrer. Disponivel em http://www.chelseashelties.com.br/index.php?option=com_content&view=section&layout=blog&id=6&Itemid=66


Agradecimentos ao criador Antonio Dalle Piagge que forneceu os pedigrees disponíveis dos seus primeiros cães e a criadora Sinara Salustiano que escaneou os documentos.

Agradecimentos especiais a criadora Hilda Scherrer, profunda conhecedora da raça e da sua historia por compartilhar uma pequena parte deste conhecimento.

 Carmylie Riplet of Chelsea

Carmylie Keltic Blacksmith x Carmylie Delta Dawn

“Willy"

BISS Br.Ch.Chelsea Sheltie Kyle
Carmylie Spenser Of Chelsea  x  Tull E Ho Paprika
Vencedor da primeira exposição especializada de Pastor de Shetland realizada no Brasil

“Xangai”

BIS Br.Ch,  Chelsea Sheltie Xangai
   Carmylie Spenser Of Chelsea   x   Carmylie Chatam of Chelsea

Primairo Sheltie de Criação Nacional a ganhar Best in Show

Chenterra Thunderation (Thunder)

 Halstors Peter Pumpkin (Peter)

Romayne's Sportin' Life (Lance)

  Homenagem publicada pelos criadores
Seus 50 primeiros campeões americanos

Cinco geraçãoes de shelties linhagem Carmylie
Descendentes Carmylie Tidal Wave "Breaker" ​(esquerda)

                            
 

​Criadores de sheltie e collies, o sheltie passou a ser o foco do canil e após visitarem os EUA tiveram o prazer de conhecer a criadora Jean Simmonds. Esta amizade rendeu bons frutos, sendo os primeiros criadores a importar cães Carmylie para o Brasil, entre eles “Br. Ch. Carmylie Chatam of Chelsea (Chatam)” em 1996; “Br Ch Carmylie Spenser Of Chelsea(Spencer)”,

“Br Ch. Carmylie Riplet Of Chelsea”,

“Carmylie Chelsea Love Connection (Connie).


 

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Neste ambiente surge o nosso Pastor de Shetland, primeiramente vindo dos antigos cães de pastoreio escoceses, o mesmo que deu origem ao border collie, do qual herdou a agilidade e boas angulações e alguns traços. Devido ao contado com povos nórdicos recebeu influencia dos cães de pastoreio nórdico, chamados Yakki, e dos Spitz da Islandia(Icelandic Spitz), mais provavel origem da cor preto e branca(bi-black). Alguns historidores ainda citam a influencia do Spitz alemão, durante a época de comercio com a Liga Hanseatica, e do King Charles Spaniel, com intenção de criar um temperamento voltado para companhia, mas de onde recbeu as indesejáveis orelhas pendentes com inserção baixa. 

O arquipélago formado por 100 pequenas ilhas situados ao 50 milhas norte da costa da Escocia, entre a ilha da grã-bretanha e a Noruega, tem clima muito severo com temperaturas no verão entre 5 e 14º e no inverno de 1 a -9º.



Os americanos adotaram o mesmo tamanho inicialmente em 1929 entre 12 e 15 polegadas, o que foi elevado para 13 a 16 polegadas em 1990, o que corresponde a de 13 a 40,6cm e permanece até hoje.
O problema do tamanho perdura até hoje entre shelties Ingleses e Americanos, sendo estes mais largos e com estrutura mais forte.

 

primeiros criadores organizados



A raça se desenvolveu paralemente até a 2ª guerra, quando o mundo parou e após este fato os criadores se distanciaram cada vez mais, praticamente não existindo mais influência de cães ingleses na America.
A época de grande crescimento da raça se deu nos EUA nas décadas de 60 e 70, quando os shelties já encontravam-se na 3ª geração de criadores no continente, foi a época do aparecimento de grandes cães e criadores.

                                                                                     Cherden Sock It To 'Em "POW" 

Pow - abaixo  retratado por Jean D. Simmonds

Cameo Farms The Locksmith (tricolor)

Mercury's Make Believe (Marta)

Duas Exelentes importações do Canil Windhaven


 

                            
Outro importante contribuição veio do Canil Chelsea de Curitiba. Inicialmente criadores de Collie, Hilda e Eduardo Scherrer, adquiriram no inicio dos 90 “Roy Da Ninon De Avis (Scott)”, filho de “Love Da Ingrid De Avis” e neto de”Pauliceia Fair Play”, sua descendência é digna dos melhores shelties americanos, um in-breending feito com base em “Peter Pumpkin” que aparece 7x em seu pedigree. O que era para ser uma companhia para os collies, logo se transformou em sinônimo de vitórias, tendo Scott conquistado todos os títulos no Brasil.

                            

Em 1993 o casal Scherrer fez sua primeira importação “Tull E Ho Paprika (Rika)”, extremamente promissora, tenho sido melhor filhote em exposições no EUA, além de ser descendente da vencedora da Exposição Nacional da ASSA em 1992, “Am Ch Tull E Ho Miss Fire”, descendente direta de “Peter” e “Sportin’ Life” logo em seus primeiros anos Rika demonstrou sua contribuição nos seus acasalamentos com “Scott”, entre eles “Chelsea Sheltie Scott Chivas” multi-vencedor nacional e do primeiro sheltie a vencer uma Exposição especializada da raça no Brasil " BISS Chelsea Sheltie Kyle, "Wyllie".

Carmylie Spencer Of Chelsea

Taplrac  Spenser For Hire x Adair Carmylie Bit O'Sass

Tull E Ho Paprika , resultado da exposição filhote acima e ao lado troféu de melhor filhote conseguido nos EUA antes de ser adquirida pelo casal Scherrer.

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